Com a falta de chuva, poeira, umidade baixa e risco de incêndio deixam população em alerta.
Atravessando um período de estiagem que já dura um mês, Campo Grande permanecerá sem chuvas, pelo menos, até agosto.
A mesma previsão vale para o Pantanal e todas as outras regiões de Mato Grosso do Sul, segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que a última precipitação na Capital, em 14 de julho, foi de apenas 3 milímetros, com chuvas em pontos isolados, como no Parque dos Poderes, Estrela Dalva e Carandá Bosque. Em Corumbá, o último registro, em 25 de junho, não passou dos 8 ml.
Mesmo que chova um pouco, os baixos índices pluviométricos (volume de água das chuvas) se manterão.
“Agosto vai ser seco, quente e de umidade baixa”, adianta o meteorologista e professor da Uniderp Natálio Abrahão Filho.
“A indicação do mês é também de muita poeira e fumaça, porque as queimadas até lá não deverão estar sob controle”.
Os focos de incêndio deixam as autoridades e a população em alerta tanto na região pantaneira quanto em Campo Grande.
Mas, de acordo com a meteorologista Caroline Vidal, a ausência de chuvas está completamente dentro da normalidade do período, já que toda a área que envolve o Estado não apresenta estações bem definidas, sendo regida pelo sistema de monções – alternância de períodos secos e úmidos.
A estiagem costuma perdurar até outubro.
“Não tem nada de anormal, essa é uma época de estação seca em boa parte da faixa central do País, ou seja, praticamente todo o Centro-Oeste e Sudeste, a parte sul da região Norte e o interior do Nordeste”, afirma Carolina, que atua no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe).
Os índices das chuvas de junho em Mato Grosso do Sul estão dentro da média trimestral (maio/junho/julho) utilizada como referência nos cálculos do Inpe, 100 milímetros.
“Tivemos, inclusive, uma precipitação um pouco acima da média em alguns pontos do Estado, como no extremo oeste, que superou entre 10 e 20 ml, e bem no extremo sul, onde a média variou de 100 a 150 ml”.
Prefeitura diz que auditoria de concessões não está garantida
Nesta segunda-feira, com lançamentos de água simultaneamente ao avanço das frentes de combate por terra, a Operação Pantanal II, desencadeada pelo governo do Estado com o apoio das Forças Armadas e Ibama, está possibilitando a eliminação e controle dos focos de calor que se propagam pelo Pantanal.
Os incêndios se estendem desde a divisa de Corumbá com Mato Grosso ao Forte Coimbra, na fronteira com o Paraguai.
Envolvendo mais de 100 pessoas, entre bombeiros, brigadistas, marinheiros, pilotos e o grupo de suporte operacional e técnico, a Operação Pantanal II foi estruturada a partir da decretação da situação de emergência ambiental pelo governador Reinaldo Azambuja, no dia 24.
Atendendo à solicitação do governador, os ministérios da Defesa e de Meio Ambiente enviaram quatro aeronaves – quatro helicópteros e um Hércules – para integrar a força-tarefa.
“Estamos atuando fortemente nos principais focos e monitorando os demais com sobrevoos pela manhã e à tarde, cujo reconhecimento também nos permite fazer o planejamento para distribuição da tropa no dia seguinte”, informou o tenente-coronel bombeiro Huesley Paulo da Silva, que coordena a parte operacional.
TERRA-AR
A ação nesta segunda-feira começou às 7h com o deslocamento de helicóptero dos bombeiros e brigadistas marinheiros para a região do Paraguai-Mirim, onde se localiza a Escola do Jatobazinho. O fogo, que já havia consumido cerca de três mil hectares no início do mês, reacendeu-se no fim de semana.
Nove bombeiros e cinco marinheiros combateram os focos durante todo o dia, com o apoio da aeronave Hércules (C130), que lançou 12 mil litros de água.
O avião da Força Aérea Brasileira também fez intervenções nos focos de calor que ocorrem próximos a Corumbá – entre 3 km e 8 km do porto-geral –, próximos ao Rio Paraguai.
O lançamento de água foi alternado nestes pontos com outra aeronave, o helicóptero Gavião (UH-12), que carrega uma bolsa para 300 litros. No fim do dia, o Hércules tornou a combater um grande incêndio nesta área, responsável por uma fumaça densa sobre a cidade.
No helicóptero Pegasus (UH-15), uma equipe formada por oficiais do Corpo de Bombeiros e da Marinha decolou às 15h para sobrevoar as regiões mais críticas, refazendo os pontos de combate para determinar o emprego da tropa e aeronaves nesta terça-feira.
Os principais focos de calor foram detectados no entorno do Forte Coimbra e Corumbá, Porto da Manga, Paraguai-Mirim, Serra do Amolar e na borda do Rio Piquiri. (TG)
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