
Janeiro está quase no fim e a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2015 ainda não foi corrigida. Nesta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff apenas vetou o reajuste de 6,5%, que o Congresso Nacional havia aprovado. A tendência é que uma nova medida provisória sobre o tema seja editada.
Com essa indefinição, as empresas que estão fechando as folhas de pagamento dos funcionários nesta semana deverão aplicar o desconto de IR com base na tabela de 2014. Como as alíquotas a pagar e as faixas de rendimento não foram atualizadas, o contribuinte será prejudicado ao receber o salário em fevereiro, pois com a correção ele poderia se enquadrar na faixa de isento, se encaixar num percentual menor de recolhimento ou pagar um pouco menos.
O EXTRA preparou simulações para quem recebe entre R$ 1.750 e R$ 10 mil, comparando a atual tabela sem correção e outra com o reajuste de 4,5%, defendido por Dilma e esperado pelo mercado.
Quando a tabela for atualizada, o dinheiro descontado a mais em janeiro até voltará para o trabalhador, mas somente no outro contracheque, caso a empresa faça logo o ressarcimento, ou na restituição de IR em 2016, disse o economista do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) Gilberto Braga:
— Se o desconto for a maior, ocorrerá a devolução da diferença, como em outros anos.
Um estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), baseado em dados da Receita Federal e do IBGE revela que a tabela do IR fechou 2014 defasada em 64,28%. A diferença é referente à inflação e às correções feitas pelo governo entre 1996 e o ano passado. Assim, somente deveria pagar imposto quem ganha mais de R$ 2.936,94 por mês. Hoje, porém, quem recebe mais do que R$ 1.787,77 é obrigado a recolher. A defasagem poderá chegar a 75,43% no fim do ano.
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