Após acidente, Rosemar Marciano desenvolveu artrose no quadril e precisa de intervenção cirúrgica com urgência.

Sem prótese adequada para sua idade, paciente aguarda cirurgia no quadril pela Santa Casa

Passando um dos piores momentos da vida, sem conseguir andar, deitar ou até mesmo sentar, a dona de casa, Rosemar Marciano Galeano, 53 anos, aguarda para fazer um procedimento ciúrgico de emergência para colocar uma prótese no quadril. Apesar da urgência, a Santa Casa, hospital de referência informou a paciente que não há protese compatível para a idade, deixando a mulher em desespero.

Desde que se envolveu em um acidente de moto há 3 anos, Rosemar passa por problemas de saúde no hospital. Segundo o relato dela, desde ser obrigada a ficar com a perna cheia de "ferros", até a demora para conseguir um procedimento cirúrgico, foram situações que ajudaram a piorar seu quadro.

"Sempre fui tratada de qualquer jeito", desabafa, mas como passar dos anos foi piorando minha situação até ficar insuportável", conta.

 
A paciente descobriu um desgaste no quadril e a necessidade de uma prótese, mas o hospital informou que não havia próteses compatíveis com a idade da paciente, apenas para pessoas acima dos 70 anos.

"Enquanto isso não tenho respostas, não faço a cirurgia e morro de dores", desabafa.

Por conta da situação, Rosemar acionou a Defensoria Pública e conseguiu uma decisão judicial que determinou a realização da cirurgia em até dois meses, mas novamente a expectativa foi frustrada quando, com apenas dois dias de antecedência para a consulta pré-operatória, foi cancelada devido a uma greve.

A paciente buscou alternativas, chegando a orçar o valor do procedimento particular, que totaliza cerca de R$ 250 mil, quantia inviável para a realidade financeira dela.

Diante da falta de respostas, Rosemar acionou a Defensoria Pública novamente, que agora tenta interceder junto ao estado para garantir que o procedimento seja custeado.

"Eu só quero parar de sentir dor e voltar a andar", pediu.

A reportagem questionou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) e a Santa Casa e aguarda retorno sobre o caso.