O funcionário público Ezequiel dos Santos, de 37 anos, está desde as 10 horas desta sexta-feira (9) acampado em uma loja de material para construção, localizada na Avenida Eduardo Elias Zahran, na Vila Vilas Boas, em Campo Grande. Ele afirma que comprou um produto e que a loja não entregou.
Segundo o cliente, a compra de quatro milheiros de telha, no valor de R$ 1.800, foi realizada no dia 22 de dezembro do ano passado, com a promessa de ser entregue no dia seguinte. “Fiquei esperando e nada da entrega. Liguei para falar com a proprietária e ela não me atendia. Cheguei a vir aqui e tinha uma placa informando que estavam em recesso”, relatou.
O cliente disse ainda que além do valor pago pelos milheiros, gastou R$ 945,00 com as diárias dos pedreiros que já haviam sido contratados para fazer o serviço. “Eu precisava que as telhas chegassem para eles poderem trabalhar, mas isso não aconteceu e eu já havia pagado pelo serviço”, lamentou.
A fim de resolver o problema, o funcionário público procurou o Procon, no entanto, a audiência foi agendada para junho deste ano. Em busca de uma solução mais rápida, ele procurou o Juizado Especial de Pequenas Causas e a primeira audiência foi agendada para fevereiro.
Ao passar pela loja nesta sexta-feira, ele notou que a empresa estava aberta e decidiu tentar um acordo, porém, a proprietária da loja não estava e ele pediu para que a secretária avisasse que ele estava no local. Em seguida, foi informado de que a responsável não iria à empresa. Revoltado com a situação, ele decidiu fazer greve de fome.
“Até pedi para comprar uma marmita, mas não vou comer. Quero que ela venha aqui e fale comigo, me dê algum posicionamento sobre essa situação. Ou ela me devolve o meu dinheiro, ou me entrega as telhas, não posso ficar no prejuízo. Trabalhei e juntei dinheiro para fazer essa obra”, explicou.
Por volta das 15 horas um homem, que não quise se identificar, se apresentou como advogado da proprietária da loja. Depois de se inteirar sobre o fato, disse que iria conversar com a dona da empresa, mas não deu nenhum posicionamento sobre o caso até a publicação da matéria.
A história se repete
A fisioterapeuta, de 30 anos, que se identificou apenas como Natália, disse que passou por uma situação semelhante. “Comprei pouco mais de R$ 513,00 em telhas térmicas e ela disse que me entregaria em três dias, mas isso não aconteceu. Liguei para a dona da loja e ela foi muito grossa, então decidi desfazer a compra, mas quando fiz isso, ela ficou de estornar o valor pago no cartão de crédito e devolver o que paguei em dinheiro, mas isso não aconteceu”, declarou.
A cliente afirmou que depois disso a proprietária não atendeu mais às ligações e que enviou uma mensagem dizendo que iria nesta sexta-feira, às 13 horas na empresa para fazer o procedimento combinado, mas que a dona da empresa não apareceu.
“Cheguei lá e ela não estava. Já falei com um advogado e vou entrar com uma ação na Justiça. Não é pelo valor e sim pela falta de consideração com o cliente. Isso não se faz”, justificou.
A reportagem foi ao local, mas não conseguiu falar com a proprietária da loja, e solicitou à secretária que desse retorno sobre o posicionamento da empresa, mas até a publicação desta matéria, não houve resposta.
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