O Sindicato dos Policiais Civis do MS (Sinpol-MS) constantemente visita as delegacias do Estado e tem observado a falta de viaturas, veículos danificados e racionamento de combustível, embora já tenha diversas vezes informado a situação à Delegacia-Geral, à Secretaria de Estado de Segurança Pública e ao Governo Estadual, o problema está sem encaminhamento para uma solução.
Apenas três litros de combustível por veículo, essa é a média diária que os automóveis da Polícia Civil dispõem para abastecer a frota de 700 unidades da instituição e que estão distribuídos nos 79 municípios do Mato Grosso do Sul. Segundo o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda, a quantidade é a mesma desde setembro de 2014.
“Queremos trabalhar, mas somos impedidos pela falta de investimentos e pelo descaso do Estado. O atual governo não aumentou a cota nesses últimos 15 meses, embora o sindicato já tenha informado a situação à administração e solicitado o aumento do repasse”, afirmou.
De acordo com o levantamento feito pelo sindicato, dos 700 veículos da Polícia Civil, quase metade está parada aguardando manutenção com defeitos que vão desde a parte mecânica até pneus carecas. “Há poucas oficinas autorizadas a fazer a manutenção desses carros, e as que estão autorizados esbarram na burocracia para prestar o atendimento”, destacou o sindicalista.
Em 2015, nenhuma nova viatura ou veículos descaracterizados foram adquiridos pela administração estadual. Na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, por exemplo, o único carro descaracterizado em funcionamento utilizado nas campanas foi adquirido no ano de 2008. A Derf é a unidade responsável por investigar e elucidar todos os crimes de roubos e furtos ocorridos na capital.
Equipamentos pessoais
Outro problema que os policiais civis enfrentam no cotidiano da luta contra a criminalidade é a falta de equipamentos pessoais. Durante todo o ano de 2015 não houve nenhuma compra de munição, armamento, algemas e coletes balísticos. “É dever de o Estado dar condições mínimas para que o policial civil desempenhe sua função e para isso é necessário fornecer seus materiais de trabalho. É imperativo que o policial civil, que defende os direitos da sociedade, esteja sempre mais equipado que o criminoso”, destacou o presidente.
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