O Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS lançou a campanha oficial de vacinação contra a febre aftosa nas regiões do Planalto e Pantanal, junto com o Governo do Estado e Embrapa.
O evento aconteceu na manhã desta terça-feira (03), na Associação dos Moradores e Produtores da Região Três Barras, em Campo Grande, onde o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, participou junto com a diretora-secretária, Terezinha Cândido, e o diretor executivo, Lucas Galvan.
Na solenidade, o presidente pontuou que ao atingir 99% do índice de vacinação, Mato Grosso do Sul evidencia a conscientização dos seus produtores rurais.
“Não podemos pensar em avanço tecnológico, avanço de capacidade de produção e gerencial, sem o cuidado com a sanidade animal. E isso tem sido realizado em nosso estado, pois imunizar os animais tornou-se uma cultura do produtor”, afirmou.
O diretor presidente da Iagro, Luciano Chiocheta, explicou que este ano a campanha tem a expectativa de imunizar 19 milhões de animais, além dos animais que estão sendo vacinados na fronteira. Recordou que no ano passado, MS alcançou o 3º maior índice de vacinação do país.
“O ato de vacinar é uma importante ferramenta de promoção à sanidade animal, um dos pilares que dão sustentabilidade à produção agropecuária do nosso estado”.
Orlando Baez, superintende Federal da Agricultura e Pecuária (MAPA), comentou que o estado vive um momento de tranquilidade em relação à febre aftosa, graças a união de esforços dos órgãos.
"Entre 2005 e 2016, somente o Ministério da Agricultura liberou aproximadamente R$ 100 milhões de recursos. O trabalho deve ser contínuo e a prioridade é sanidade”, disse.
Chefe geral da Embrapa Gado de Corte, Cléber Oliveira, ressaltou a campanha marca o 11º ano ininterrupto sem nenhuma ocorrência e suspeita de febre aftosa em Mato Grosso.
“Conforme os dados, temos indicadores superiores a 98% de eficiência de cobertura vacinal no rebanho do estado. Isso nos mostra a relevância de um trabalho sério e significa que, tecnicamente, Mato Grosso do Sul é um estado livre de aftosa com vacinação”.
Para o secretário estadual de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas, “a defesa sanitária é algo primordial quando pensamos na segurança de um país, que só é forte quando produz alimento em quantidade e qualidade para atender a necessidade da sua população”.
O secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, pontuou que vacinar já é uma atividade consciente do produtor rural. “Aprendemos com os erros do passado e seguimos avançando, olhando para frente. O Estado é um grande e importante produtor e exportador de carne bovina. A garantia de que nossos animais são livres de febre aftosa é a certeza da saúde do consumidor".
Para a deputada Mara Caseiro, a campanha “é muito importante não só para o presente, mas para todo futuro de MS e Brasil”.
A vacinação contra febre aftosa é obrigatória no Brasil e o produtor que não realizar o procedimento de imunização receberá um auto de infração e multa e terá sua ficha sanitária bloqueada na Iagro, com isso ele não poderá transportar ou comercializar o animal.
Vacinação
Calendário diferenciado - A região de Fronteira possui aproximadamente 670 mil animais. É o território vizinho à Bolívia e ao Paraguai, composto pela totalidade dos municípios de Antônio João, Japorã e Mundo Novo e parte dos municípios de Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Ladário, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Sete Quedas.
No Pantanal está previsto imunizar nesta etapa 2,6 milhões de animais. A região é composta pelas áreas inundáveis de Corumbá, Ladário e em parte dos municípios de Coxim, Miranda, Aquidauana, Porto Murtinho e Rio Verde de Mato Grosso.
Com cerca de 15,3 milhões de animais, o Planalto é formado pelos demais municípios fora das regiões citadas, onde não há inundação nos períodos chuvosos.
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