Vendas caem 40% e com estoques, as revendedoras de Dourados prometem repassar aumento somente na próxima semana.
O preço do gás de cozinha teve nova alta. Na última quarta-feira a Petrobras anunciou aumento de 4,4% nas refinarias. Porém em Dourados, até ontem, o valor ainda não havia sido repassado ao consumidor final.
O empresário Paulo Alvarez, diz que o acréscimo vai depender do estoque de cada revendedora. Ele acredita que até a próxima segunda-feira o preço já esteja alterado porque as revendedoras já começam a comprar com o reajuste.
O empresário alerta ainda que os 4,4% anunciados pela Petrobrás não levam em conta o que isso reflete nos tributos estaduais. Por essa razão o aumento real será bem maior do que o divulgado. Ele acredita que o preço médio pode passar de R$ 73,71 para além dos R$ 80.
Queda nas vendas
Outro fator que pode adiar para a próxima semana o reajuste no valor do gás de cozinha é a queda nas vendas do mês de junho, o que fez com que as revendedoras "segurassem" as compras. "Na época da greve dos caminhoneiros, muita gente estocou o produto em casa. Esse mês de junho a queda nas vendas é de 40%", analisa.
Em relação a isso a gerente de uma revendedora, Isabella Blans, disse que apesar das quedas nas vendas, o setor vem voltando ao normal aos poucos. Ela disse que só saberá quando repassará o reajuste ao consumidor, quando a carga que encomendou chegar em Dourados, mas afirma que já foi comunicada sobre o acréscimo.
Petrobrás
O novo preço do gás de cozinha será de R$ 23,10 na refinaria. No acumulado do ano, o GLP 13 Kg acumula queda de 5,2% em relação a dezembro de 2017, informou a estatal. Os novos preços entraram em em vigor ontem (5).
Pelo levantamento de preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do botijão de 13 kg ao consumidor no Brasil é de R$ 68,28, sendo o maior preço de R$ 115,00 e o menor de R$ 50,00.
O gás de cozinha começou a ter reajuste trimestral em janeiro deste ano, "para suavizar os repasses da volatilidade dos preços ocorridos no mercado internacional para o preço doméstico", disse a Petrobras na época.
Em nota no seu site, a empresa apontou como motivos o ajuste à alta da cotação internacional do GLP, que subiu 22,9% entre março e junho, período em que a desvalorização do real frente ao dólar foi de 16%.
Segundo a Petrobras, o impacto ao consumidor brasileiro seria maior do que o concedido, mas foi diluído pela combinação entre o período de nove meses usado como base para o cálculo do preço, conforme definido na metodologia anunciada em janeiro, e do mecanismo de compensação que permitirá que eventuais diferenças entre os preços praticados ao longo do ano e o preço internacional sejam ajustadas ao longo do ano seguinte, conciliando a redução da volatilidade dos preços com os resultados da Petrobras.
Olá, deixe seu comentário!Logar-se!