Testes em campo mostraram que a novidade tem alta produtividade e, em alguns casos, dispensou uso de fungicidas e inseticidas, favorecendo a produção orgânica

 Soja: nova cultivar une resistência a ferrugem, tolerância a percevejo e pode revolucionar produção orgânica

Em 2021/2022, o Brasil poderá contar com uma nova e inovadora cultivar de soja convencional. Isso porque a novidade une a resistência à ferrugem asiática e a tolerância a percevejos, dois dos mais sérios problemas da sojicultura nacional. Testes em campo já mostraram, inclusive, que a BRS 539 apresenta alta produtividade e, em alguns casos, dispensou uso de fungicidas e inseticidas.

A nova cultivar foi desenvolvida em parceria entre a Embrapa e a Fundação Meridional e agrega a tecnologia Shield, (linha que apresenta genes de resistência à ferrugem-asiática) e a tecnologia Block (com tolerância a percevejos). Além disso, em testes experimentais realizados por três safras, em diferentes ambientes de produção das a BRS 539 mostrou altas produtividades.

 

“Inclusive apresentou, em alguns desses ambientes, potencial produtivo acima de 90 sacas por ha (ou 5.400 kg/ha), superando as cultivares mais produtivas do mercado com as quais foi comparada”, diz o pesquisador da Embrapa Soja Carlos Lásaro Pereira de Melo.

 

 

 

Mais testes soja

Outros testes realizados por produtores comprovaram a alta performance dessa cultivar. A Sinovatec Produtos Agrícolas, de Medianeira (PR), por exemplo, avaliou 11 cultivares e a BRS 539 foi a campeã desse ensaio.

 

Além de apresentar o rendimento mais elevado, não houve necessidade de aplicação de fungicida e nem de inseticida, o que mostra o elevado potencial de sanidade da nova cultivar. Além de produzir mais, também impacta no custo de produção, porque reduz os gastos com produtos químicos.