O governo de São Paulo criou um grupo de trabalho para fazer verificar situações de risco das barragens de mineração e indústrias da transformação mineral no estado. A publicação no Diário Oficial de sábado (28) diz que o objetivo é propor soluções para reduzir riscos nas barragens, mas não deixa claro se a medida tem relação com o rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG).
Questionada sobre os motivos da criação do grupo de trabalho, a Secretaria de Energia e Mineração não havia se manifestado, até as 9h desta segunda-feira (30), em relação ao assunto e divulgado quantas barragens vão ser avaliadas. Um relatório com as condições encontradas deve ser apresentado em 3 meses. No site da pasta consta que São Paulo tem mais de 2,8 mil minas em operação, com 95% de produção em areia, brita, calcário e argila.
Já na classificação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), duas barragens de mineração no estado - em Mogi das Cruzes e na capital - têm nível de risco alto. Outras três barragens - todas em Cajati, no litoral sul - estão classificadas como de "alto risco de dano potencial".
A coordenação do grupo de trabalho será feita pelo sub-secretário de Mineração José Jaime Sznelwar. O governo também deve convidar representantes do Departamento Nacional da Produção Mineral, do Instituto de Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e da USP, além de outras entidades ligadas ao tema.
A criação do grupo de trabalho foi uma resolução conjunta entre as secretarias estaduais de Energia e Mineração, Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Casa Militar do Gabinete do Governador.
Produção no estado
São Paulo é o terceiro maior produtor de bens minerais do país e o maior consumidor de insumos da cadeia de construção, segundo a Secretaria estadual de Energia e Mineração. O estado também é o maior produtor de equipamentos e insumos para a indústria mineral, empregando mais de 200 mil trabalhadores.
De acordo com o governo, São Paulo tem mais de 2,8 mil minas em operação, com 95% de produção em areia, brita, calcário e argila. Só a Região Metropolitana de São Paulo recebe, diariamente, mais de 4,5 mil carretas de brita.
Olá, deixe seu comentário!Logar-se!