Quatro morcegos identificados com o vírus da raiva foram encontrados este ano em condomínio da área central de Campo Grande. Equipes do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) trabalham para retirar a colônia dos animais do local. No ano passado, outro morcego com vírus da doença foi removido do mesmo prédio. Desde então, cães e gatos da região são vacinados periodicamente.
A médica veterinária do CCZ, Ana Paula Nogueira, explica que não tem como estimar a quantidade de bichos que vivem no local, mas que se trata de uma colônia grande. No entanto, a especialista diz que não há motivo para alarde, porque o fato de ter animais infectados no espaço não significa que todos estejam com vírus.
Vários exemplares foram capturados durante a noite no local e encaminhados para a análise. Como se trata de uma colônia nociva, equipes dos dois órgãos trabalham em conjunto para fazer o manejo dos animais e encaminhá-los para a natureza, onde vão procurar outro abrigo. Os animais estão na junta de dilatação do prédio, espaço entre a telha e a parede.
No entanto, observar os morcegos em situação normal não é motivo de preocupação. Porém, como o animal tem hábitos noturnos, todo morcego encontrado de dia, principalmente no interior de imóveis, pode estar doente ou desorientado e que a possibilidade de estar contaminado pelo vírus da raiva é grande.
Os morcegos são animais silvestres protegidos por lei federal e mesmo sendo um dos portadores do vírus da raiva é proibido o extermínio da espécie, considerada essencial para o controle da população de insetos, como o mosquito da dengue. Além disso, os morcegos, assim como os pássaros, espalham sementes que ajudam na preservação do meio ambiente. Desde 2011, nenhum animal havia sido diagnosticado com raiva na Capital e o último caso em humanos ocorreu há 46 anos.
Espécies - De acordo com os especialistas, até hoje no município foram encontrados apenas morcegos insetívoros, que se alimentam de insetos e frugívoros, de frutas.
A espécie que sobrevive só de sangue, chamada de hematófagos ou vampiros, ainda não foi encontrada na cidade. Mesmo assim, todos eles podem transmitir a raiva só pelo contato e não devem ser manuseados por ninguém, mesmo estando morto. O contato direto com cães e gatos também devem ser evitado.
Olá, deixe seu comentário!Logar-se!