Com poucas chuvas e vegetação mais seca, os meses de agosto e de setembro são considerados os mais críticos em relação às queimadas.
Com poucas chuvas e vegetação mais seca, os meses de agosto e de setembro são considerados os mais críticos em relação às queimadas.
Diante dessas condições, os incêndios florestais tendem a aumentar, o que deixa as autoridades em alerta e atentas a uma ferramenta que monitora os focos em qualquer parte do Brasil em tempo real: o Programa Queimadas.
Criado em 1988 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o programa utiliza informações de dez satélites para atualizar a situação do País a cada três horas, diariamente. No total, são processadas cerca de 250 imagens por dia.
Todos os dados podem ser conferidos pelo site do programa. "Os bombeiros, por exemplo, trabalham com essas informações. São mais de três mil usuários cadastrados usando continuamente nosso programa.
É o único que consegue dar um quadro geral do País", afirma Alberto Setzer, coordenador do programa.
Setzer ainda explica que os satélites conseguem captar qualquer queimada em vegetações com, no mínimo, 30 metros quadrados.
Para garantir a precisão das informações, o sistema passa por atualizações constantes. No último mês, por exemplo, ele teve um aperfeiçoamento que o tornou compatível com bases de dados internacionais, como a da Nasa.
Quadro atual
Na última atualização divulgada pelo programa em 14 de agosto, o Brasil tinha 1.434 focos de incêndio. Durante o ano de 2018, o País registrou, até essa data, o maior número de incêndios em toda a América do Sul: 36.486.
Segundo Setzer, esse dado deve ser analisado dentro de alguns contextos: "Tem a questão da extensão territorial.
O Brasil é um País de dimensões continentais. Outra questão é o período seco que começou em junho e, em agosto e setembro, deve aumentar ainda mais."
Entre os estados, Mato Grosso teve cerca de seis mil focos de queimadas em todo o ano e é o primeiro da lista dessa categoria.
Em relação aos biomas, a Amazônia é a mais afetada com 14.820 focos neste ano. Na avaliação do pesquisador, os desmatamentos e a requeima para evitar o retorno da vegetação natural são responsáveis por esse resultado.
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