De acordo com a consultoria de comunicação de Temer, existe a intenção de divulgar uma nota de esclarecimento ainda nesta semana.
Nesta quarta-feira, 6, surgiram rumores na imprensa de que Michel Temer (MDB) teria declarado apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno das eleições de 2022. Entretanto, de acordo com informações apuradas pelo site da Jovem Pan, o ex-presidente da República tem sido alvo de pressão de correligionários do MDB para que se mantenha neutro no pleito presidencial.
De acordo com a consultoria de comunicação de Temer, existe a intenção de divulgar uma nota de esclarecimento ainda nesta semana. O ex-presidente está em viagem a Londres e retorna ao Brasil nesta sexta-feira, quando deve elaborar seu posicionamento oficial. Contudo, a assessoria de Temer declarou que a possibilidade de se manter neutro na disputa é improvável devido aos ataques recorrentes do Partido dos Trabalhadores ao ex-presidente da República.
A avaliação da equipe do emedebista é de que a pressão para se posicionar é grande e de que Temer está inclinado a apoiar Bolsonaro. “Ele tem dito a todos: ‘Neutro não tenho condição de ficar, pelo tratamento que tenho recebido do Partido dos Trabalhadores”, declarou um interlocutor do ex-presidente. No último debate presidencial do primeiro turno, ao falar sobre a economia, Lula disse que Bolsonaro não herdou o governo de Dilma Rousseff, mas de um “golpista”, referindo-se ao cacique do MDB.
Após circularem os boatos de que Temer apoiaria Bolsonaro para presidência e Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o governo de São Paulo, membros do MDB fizeram declarações no sentido oposto. Em evento com aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizado nesta quarta, Hélder Barbalho (MDB) chegou a dizer que Michel Temer não iria se posicionar na disputa. “O MDB nunca fugiu dos momentos em que foi desafiado para ajudar o Brasil. E não será agora que nós iremos fugir desta luta”, declarou o governador reeleito no Pará. O ex-ministro de Minas e Energia do governo Temer, Moreira Franco, também desmentiu o rumor à imprensa, e confirmou que o ex-presidente deve se pronunciar a partir de sexta, quando retornará do Reino Unido.
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