O fio para que a polícia chegasse às investigações, ocorreu após a prisão de um homem em Bataguassu.
Traficantes de Mato Grosso do Sul suspeitos de envolvimento com facção criminosa, são investigados pela Polícia Federal por transporte de cocaína em cascos de navio.
Na quinta-feira (7/11), Operação Taeguk cumpriu 49 mandados de prisão e de busca e apreensão, porém, nessa ação não houve determinações judiciais no Estado.
O fio para que a polícia chegasse às investigações, ocorreu após a prisão de um homem em Bataguassu.
Ele transportava 400 quilos de maconha na companhia de um adolescente.
O entorpecente teve origem do Paraguai, país onde saiu ainda cocaína para transporte até o Porto de Santos (SP). Lá, mergulhadores faziam o serviço de esconder a droga com destinos aos mercados europeu e asiático.
A ação cumpriu 10 mandados de prisão preventiva e 39 mandados de busca e apreensão em Santos, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, Bertioga, Caraguatatuba e Paraibuna, todos municípios do Estado de São Paulo, além de Duque de Caxias (RJ), Belém e Barcarena, no Pará e São Luís (MA).
De acordo com a PF, as investigações revelaram que o esquema envolvia indivíduos com expertise em mergulho submarino que se aproveitavam desse conhecimento para ‘prestar serviços’ às organizações criminosas, implantando a droga nos cascos dos navios aportados no litoral brasileiro.
"Após a inserção da cocaína, o núcleo da organização criminosa situada em território brasileiro contava com o apoio de uma rede de mergulhadores ao redor do mundo para a retirada da droga em outros países", diz a PF.
Foram identificados ao menos sete transportes de tráfico transnacional de drogas, todos em 2024, vinculados à atuação desta organização criminosa, totalizando, aproximadamente, mais de uma tonelada apreendida de entorpecentes.
As pessoas relacionadas aos fatos investigados poderão responder, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de tráfico transnacional de drogas, associação para fins de tráfico, bem como o crime de organização criminosa.
A investigação teve a participação do escritório do DEA/SP, da Marinha do Brasil, e contou com pedidos de cooperação jurídica internacional em matéria penal de países como a Coreia do Sul, República Popular da China e Espanha.
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