Entre as vítimas graves está o motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira.

Trânsito de Campo Grande fez mais de 4 mil vítimas em acidentes envolvendo motociclistas
/ Foto: Reprodução

Quando olhamos para a imagem acima, é quase impossível não lembrar do trágico acidente que vitimou o motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira, aos 39 anos, na noite do dia 22 de março, em Campo Grande.

O motoentregador ficou gravemente ferido após ser atingido por um Porsche na Avenida Antônio Maria Coelho. Ele não resistiu e veio a óbito na Santa Casa, dias após o grave acidente. A vítima sofreu embolia pulmonar, politraumatismo e ação contundente devido à colisão automobilística.

Para a esposa do motoentregador, a saudade diária do companheiro é um misto de emoções. “Sinto muito falta dele. Ainda mais agora nessa semana de natal, ele gostava de enfeitar a casa. Esse ano não tive ânimo para montar a árvore de natal”, lamentou Kelly Ferreira.

Hudson é apenas uma das inúmeras vítimas que figuram nas estatísticas de acidentes envolvendo motociclistas em Campo Grande. Conforme dados do BPTRAN (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar), aos quais o Jornal Midiamax teve acesso, de janeiro a 12 de dezembro, cerca de 4.168 acidentes envolvendo motos foram registrados. Desses, 3.330 resultaram em vítimas, e 39 motociclistas morreram ainda no local do acidente.

Os números são expressivos. Em comparação com o ano de 2023, os óbitos no local tiveram um aumento de aproximadamente 18%. Enquanto o ano anterior encerrou com 33 óbitos no local do acidente, até 12 de dezembro de 2024 já foram registrados 39.

Além de Hudson, o trânsito de Campo Grande fez diversas vítimas motociclistas, entre elas Maria do Carmo, Victor Vicente, André Luis Correa Gonçalves e Letícia Machado Gonçalves.

A caminho do trabalho
Em agosto, o trânsito vitimou André Luis Correa Gonçalves, aos 24 anos. A vítima estava a caminho do trabalho em uma manhã de sábado quando perdeu a vida.

André pilotava uma motocicleta Brós, de cor vermelha, quando perdeu o controle da direção e atingiu um poste de iluminação na Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande.

A caminho das compras para reforma em casa
Morta em um acidente aos 42 anos, Maria do Carmo estava indo comprar material de construção para a reforma de sua casa. A colisão ocorreu em novembro.

Conforme as informações da época, uma picape parou no semáforo vermelho, quando Maria teria feito uma ultrapassagem de um caminhão, parando quase ao lado da picape. Contudo, o motorista do caminhão seguiu e não conseguiu frear a tempo, batendo na traseira da motocicleta.

Morte precoce com a realização de um sonho?
Aos 21 anos, Victor Vicente morreu após ser atingido e arrastado por cerca de 44 metros por uma carreta na Avenida Principal Um, no bairro Indubrasil.

O rapaz seguia em uma moto Honda CG pela avenida, no mesmo sentido da carreta. Contudo, a carreta precisou desviar de um buraco – sinalizado – e colidiu com o motociclista. Com o impacto, o rapaz foi atropelado e arrastado pela carreta Scania.

A caminho do freelance
Em agosto, aos 19 anos, Letícia Machado Gonçalves morreu após ser atingida por uma BMW no Centro de Campo Grande.

A jovem estava a caminho do trabalho para um freelance, quando foi atingida na traseira pela BMW. Com o impacto, a moça foi lançada contra um poste e morreu ainda no local.