O tremor de 6,4 na escala Richter, registrado hoje (26) no município de Tarauacá (AC), foi um pós-abalo sísmico, espécie de consequência dos tremores da última terça-feira (24) que ocorreram no Leste do Peru, próximo da fronteira com o Acre. A informação é do professor do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), George Sand. A unidade acompanhou os fenômenos desta semana.
Segundo Sand, os tremores são comuns na região, mas com frequência e magnitude menores.
“A terra está em constante movimento, por isso as placas tectônicas mergulham uma sobre a outra, provocando, algumas vezes, tremores. A região entre o Leste do Peru e um pedaço do Acre está sob influência da Placa Sul-Americana e da Placa Nazca, por isso cidades da área podem sentir os abalos sísmicos”, afirmou o professor.
Hoje (26) e ontem, o Observatório Sismológico da UnB também registrou tremores menores que 6 na escala Richter. Na última terça-feira (24), um sismo de magnitude 7,4 ocorreu na fronteira entre o Peru e o Brasil. Moradores de cidades do Acre, como Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Sena Madureira, Xapuri e Santa Rosa do Purus, sentiram os tremores. Os abalos também foram sentidos em Rondônia e Manaus. Esse tremor, de acordo com George Sand, ainda tem energia a ser liberada, o que pode provocar sismos menores que não são sentidos pela população.
Os tremores de terça-feira (24) foram registrados pelo Centro Geológico dos Estados Unidos e pelo Observatório Sismológico da UnB. O primeiro registrou abalo de 7,5 na escala Richter e o segundo, de 7,4. Segundo o professor, os índices registrados pela UnB podem ser mais exatos pelo fato de o observatório ter estações de medição próximas das regiões onde ocorreram os tremores, em Cruzeiro do Sul (AC) e Extrema (RO).
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