
Três pessoas foram mortas na noite deste domingo, numa sorveteria na Rua Joana Kalil, em Coelho da Rocha, Meriti. De acordo com testemunhas, os criminosos estavam encapuzados e passaram num Honda Civic sem placa, atirando contra o estabelecimento.
A aposentada Ângela Maria Pinto Lessa, de 64 anos, e Felipe Francisco da Silva, 24, morreram na hora. Já Flávio Lúcio de Oliveira chegou a dar entrada no PAM de Meriti, mas morreu a caminho do Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna.
Parentes de Ângela contaram que ela havia acabado de chegar à sorveteria quando foi baleada.
— Ela passou o dia inteiro em casa, se arrumou e foi até a sorveteria. Minha mãe tinha o costume de sair para tomar cerveja, ficar conversando na porta de casa... Ela viveu muitos anos em Antares (na Zona Oeste do Rio), uma região muito violenta, e nada aconteceu. Veio perder a vida aqui, desta forma brutal e trágica — desabafou o filho de Ângela Maria, o militar Marco Aurélio Lessa, de 31 anos.
Outra vítima, Felipe foi atingido por cinco disparos, que acertaram as costas e a cabeça. Na tarde desta segunda-feira, amigos se organizavam na rua para fazer camisas em homenagem a Felipe que, segundo parentes, trabalhava carregando malas de passageiros no Aeroporto Galeão. Ele será sepultado nesta terça-feira, no Cemitério do Catumbi.
— O que eu posso dizer é que ele estava no lugar errado, na hora errada. Aqueles tiros não eram para ele — disse um tio da vítima, que não quis se identificar por medo: — O Felipinho era trabalhador. Nascido e criado aqui. Todo mundo gostava dele.
Um outro homem apontado pelos moradores como o alvo dos disparos dos criminosos também foi baleado. No hospital, ele foi medicado e recebeu alta. Testemunhas e moradores disseram que ele seria um miliciano de Coelho da Rocha.
— Vieram para cobrá-lo. Só que, neste caso, só morreram pessoas inocentes — contou um morador: — A gente acredita que um traficante, que teve o irmão assassinado, estava nesse grupo de atiradores.
A Divisão de Homicídios da Baixada investiga o caso. Duas cápsulas foram recolhidas no local. Agora, os agentes buscam imagens de câmeras de segurança da região que possam ter registrado o crime.
Olá, deixe seu comentário!Logar-se!