Os ataques à infraestruturas energéticas acontecem após uma série de derrotas da Rússia nos campos de batalha.
O governo da Ucrânia teme que apagões podem atingir o país durante o inverno e começa a mobilizar sua população para economizar energia e deixar áreas mais críticas. Os riscos aumentaram após ataques das Forças Armadas da Rússia à infraestruturas de energia da Ucrânia. Nas últimas semanas, os bombardeios se intensificaram e deixaram milhões de prédios e casas sem energia elétrica. Os ataques coincidiram com as primeiras nevascas do rigoroso inverno ucraniano. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), milhões de ucranianos estão correndo perigo neste momento, e os danos causados pelos ataques russos “já estão tendo efeitos mortais no sistema de saúde e na saúde das pessoas”. O alerta foi feito pelo diretor regional da OMS na Europa, Hans Kluge, que continuou, dizendo que o inverno “representará uma ameaça para a vida de milhões de pessoas na Ucrânia”.
Segundo Kluge, a estimativa é de que até 3 milhões de ucranianos e pessoas que vivem no país tenham que deixar suas casas em busca de segurança energética e aquecimento durante o inverno. “Terão de enfrentar desafios de saúde, incluindo infecções respiratórias como covid-19, pneumonia, gripe”, concluiu o diretor.
Os ataques à infraestruturas energéticas acontecem após uma série de derrotas da Rússia nos campos de batalha, sendo a mais recente a perda do controle da cidade de Kherson e a retirada das forças armadas do local. Recentemente, as autoridades ucranianas disseram ter descoberto quatro locais em Kherson que teriam sido utilizados como ‘locais de tortura’ pelas tropas russas, apreendendo materiais como bastões, munições e equipamentos utilizados para eletrocutar pessoas.
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