Novas regras para viagens de avião já estão valendo e garantem maior segurança para os animais.

Vai viajar com o pet neste fim de ano? Confira recomendações para a viagem
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Com as festas de fim de ano chegando e com elas as férias escolares, é comum que muitas famílias façam viagens e levem junto delas os seus pets. Mas isso requer cuidados, tanto se a viagem for de avião quanto por meio terrestre. Para a realização de viagens com animais, os tutores precisam seguir uma série de recomendações para destinos nacionais.

Para transportes rodoviários intermunicipais, de acordo com a Lei Estadual n° 5.055 com alterações da Lei nº 5.269, cachorros e gatos considerados pequenos (até 10 kg) podem ser transportados na cabine desde que: apresentem atestado feito por veterinário 15 dias antes da viagem, carteira de vacinação atualizada, plaqueta com a identificação contendo nome e telefone do tutor, estejam higienizados, tenham uma poltrona exclusiva paga pelo tutor, e estejam dentro de caixas de transporte ou similares. É permitido no máximo dois animais por veículo.

Carro
Para viagens de carro, as recomendações são as mesmas, exceto que o pet pode estar tanto no cinto de segurança quanto na caixa transportadora. Em ambas as situações é necessário se atentar para as necessidades do animal.

O médico veterinário Antonio Defanti Junior comenta sobre alguns cuidados para se ter com os bichinhos antes de uma viagem. “É importante ter uma alimentação balanceada antes da viagem, treinar o pet a entrar dentro da caixa, para não ficar assustado nem ansioso”.
 

Avião
Novas regras passaram a valer este ano para a viagem de animais no avião para garantir mais segurança para eles. Isso aconteceu depois da repercussão do caso de Joca, golden retriever que morreu em uma caixa de transporte após a falha no transporte aéreo. As novas normas receberam o nome de Pata (Plano de Transporte Aéreo de Animais).

Entre as medidas do Pata estão a obrigatoriedade das companhias aéreas de oferecer serviços veterinários para emergências, como forma de garantir que os animais irão receber o atendimento adequado. O rastreio dos pets em todas as etapas do transporte e criação de canal direto de comunicação com os tutores.

O resto das regras se mantém para o transporte de animais em avião, sendo elas: apresentar atestado veterinário, apresentar certificado de vacinação em dia, avisar a empresa com antecedência que a viagem inclui um animal e usar caixa de transporte. Assim como as viagens de ônibus, as de avião também possuem um limite máximo de animais dentro da aeronave. Podem viajar na cabine junto com o tutor apenas cães e gatos de até 10 kg. Para voos internacionais ainda é exigido o CVI (Certificado Veterinário Internacional), o CZI (Certificado Zoossanitário Internacional) e a autorização do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças).

Com relação às viagens de avião, o veterinário afirmou que o ideal é que todo o processo de embarcar, pegar conexão e desembarque, não ultrapasse mais de 12 horas para o bem-estar do pet.

Pets viajantes
A artesã Alice Gomes conta que tem costume de levar a cachorrinha Shuri em suas viagens de carro. Esse ano, Shuri viajou quase todo o mês, sendo que as viagens têm duração média 40 minutos, exceto por uma vez com uma viagem de quatro horas em que ela ficou hospedada em um hotel com seus tutores. “Quando viajamos, levamos uma malinha com todas as possíveis necessidades: água, comida certinho (ela tem gastrite, então é tudo contadinho), remédios que já toma e os possíveis, roupas, até a cobertinha e almofada dela, além de colocá-la em um cinto próprio para doguinhos no banco de trás”.

Maria Eduarda Nerva, médica generalista, que mora em Dourados, conta que Filó, sua cachorrinha, sempre viaja com a família. Ela chegou a fazer viagens semanalmente com Filó. “A frequência estava sendo toda semana, mas agora paramos de viajar entre as cidades que estava trabalhando”.

Com relação aos cuidados que tem, Maria Eduarda afirma que Filó vai presa na guia própria para o carro, e também acompanhada de pote de água e ração, carteira de vacinação, alguns remédios.

Os felinos também têm seu lugar nas viagens, a advogada Evelyn Mayume tem duas gatas e já viajou com ambas. Enquanto Juddy já fez trajetos mais longos de até 18 horas, Kitty já viajou por no máximo cinco horas. As viagens com as gatinhas são frequentes de Campo Grande para Betione.

Para uma viagem mais aconchegante com as gatinhas, elas vão dentro de caixinhas e são deixadas um pouco soltas no carro antes do início da viagem.