Um caso de tentativa de assalto seguida de morte de um motociclista em São Paulo retomou discussões sobre a segurança nesse tipo de veículo. Veja abaixo dicas de motociclistas e especialistas sobre como reduzir os riscos de roubo e furto de motos.Locais e horários visados
"Em São Paulo, as chegadas as rodovias, as marginais, o Centro velho, a Avenida Aricanduva e a Avenida dos Bandeirantes são locais onde há uma grande incidência de roubos de motos", afirmou o especialista em segurança Diógenes Lucca, no Guia Prático do G1.
Com relação a horários, ele aconselhou redobrar a atenção no início e no fim do dia.
Atenção a motos com 2 ocupantes
Lucca lembrou que o motociclista já tem por hábito dirigir prestando atenção ao seu entorno, para se proteger dos carros. "Aproveite essa postura para prestar atenção em motocicleta com dois ocupantes. É sinal de risco", aconselha.
Evite deixar a moto na rua
Lucca afirma que, se a moto não tem seguro, é melhor evitar estacioná-la na rua, apesar de que nem todos os estacionamentos aceitam motos.
Dificulte a vida do ladrão
Caso não tenha alternativa, use correntes e travas, lembra Lucca: "Todos os mecanismos que você cria para dificultar a vida do criminoso, tanto melhor".
Alguns modelos possuem travamento de guidão ou outro. O especialista em motos Roberto Agresti aconselhou, na coluna Dicas de Motos, a usar pelo menos uma trava, além da original. Contanto que o movimento de colocá-la e tirá-la seja rápido, para evitar ao máximo ficar parado na rua.
É recomendável travar a moto inclusive na garagem do prédio onde mora. Se, em casa, a moto ficar à vista de quem passa na rua, melhor deixá-la coberta, escreveu ele.
Lucca acrescenta que é interessante usar rastreadores, que podem dar alguma chance de recuperar o veículo.
Cuidado para entrar em casa
Assim como os motoristas, quem conduz moto deve tomar cuidado na hora de entrar em casa. "Minha rua é curta e tem pouco movimento. Se percebo alguém estranho, dou mais uma volta antes de entrar", aconselha motociclista Rômulo Provetti, que mora em Belo Horizonte e é o criador do site "Viagem de moto".
Também é recomendável variar os trajetos mais usados.
Tipo de moto faz diferença
Assim como ocorre com carros, as motos mais visadas costumam ser as mais populares, para a revenda de peças. Provetti diz que as esportivas, mais potentes, também costumam ser visadas para serem usadas em assaltos.
"Eu tenho um scooter e uma moto do tipo custom Harley Davidson, que, apesar de chamar a atenção, não é tão visada porque é grande e é mais difícil de guiar do que uma esportiva", explica.
Vai viajar? Planeje ao máximo
Provetti já realizou viagens pelo Brasil, o deserto do Atacama, a Cordilheira dos Andes e agora se prepara para rodar pelo Hilamaia. Ele diz que, em viagens mais longas, vai sozinho ou com mais uma pessoa. As viagens em grupo são as mais curtas. "Estar em um grupo inibe o assalto, mas não tira 100%. Porém, acredito que o mais importante é planejar muito bem a viagem", avalia.
O motociclista costuma pesquisar quanto tempo levará para percorrer uma distância e evita jornadas de mais de 10 horas, que podem se estender até a noite. Ele tem um GPS próprio para a moto e mantém o mapa atualizado.
Evite viajar à noite
Provetti diz que procura evitar viajar durante a noite, preferindo chegar às cidades ainda durante o dia. Ele também escolhe os pontos de parada, sempre em postos de gasolina, restaurantes e locais movimentados.
Para fazer passeios turísticos na região de destino, ele deixa a moto no hotel e prefere contratar passeios com guias locais. "Além da segurança e da comodidade, isso também faz com que eu não perca nenhuma atração que poderia passar batida", observa.
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