Segundo PrevFogo, fumaça é resultado das queimadas que atingem região norte da cidade.

Vento muda de direção e Corumbá é tomada por nuvem densa de fumaça
Parque Marina Gatass, em Corumbá, coberto por fumaça na manhã desta sexta-feira. / Foto: Henrique Kawaminami

Corumbá, a 428 km de Campo Grande, foi tomada por nuvem densa de fumaça nesta sexta-feira (2). Imagens mostram o efeito dela no aeroporto, Porto Geral, Parque Marina Gatass e nas ruas. Uma mudança na direção do vento, que agora vem da região noroeste, é responsável por causar o efeito.

Segundo informações do PrevFogo, a fumaça vem dos incêndios da região norte de Santa Teresa e Serra Negra. Anteriormente, os ventos estavam vindo das regiões sul, sudeste e sudoeste.

A equipe do Campo Grande News registrou a fumaça chegando no Porto Geral de Corumbá na tarde de quinta-feira (01). No começo da manhã desta sexta, o cheiro da fumaça estava forte e quase impediu o pouso de aeronaves no aeroporto.

Queimadas - De acordo com dados do Sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados pela WWF, foram registrados 1.158 focos de queimadas entre 1 e 31 de julho, um aumento de 820% em comparação a julho do ano passado.

A área queimada no Pantanal foi de 635 mil a 907 mil hectares (de 4,2% a 6% da área total do bioma. Segundo o documento, 84% dos incêndios no bioma em 2024 ocorreram em áreas privadas, 9,1% em Terras Indígenas e 5,5% em Unidades de Conservação Federais e Estaduais.

Desde o fim do ano passado, com a seca extrema impulsionada pelo forte El Niño de 2023, os incêndios têm batido recordes no Pantanal. No início de abril, especialistas já alertavam que o bioma poderia passar, em 2024, por uma de suas piores secas da história, já que foi atingido por uma seca extrema em plena temporada de cheias.