Numa quadra residencial, por exemplo, basta uma casa descuidada, com recipientes com água parada servindo de criadouro para reprodução do mosquito, para que todos os moradores corram o risco de serem vítimas de doenças como dengue, Zika e chikungunya.
Quando se trata de Aedes aegypti o perigo pode estar dentro de casa ou morar ao lado. No combate a este mal, todos precisam estar envolvidos, como alerta a campanha do Ministério da Saúde.
A dona de casa Tânia Fonseca, moradora de Sobradinho, no Distrito Federal, conta que, em 2015, muitos moradores da mesma quadra tiveram dengue.
Mas este ano, a situação foi mais tranquila. Parece que todos fizeram a limpeza e a destruição de possíveis criadouros do Aedes. "Não ouvi falar de nenhum caso este ano. O que é muito bom".
Para Tânia, a conscientização tem que partir de todos, sem nenhuma exceção. "Temos que ficar de olho. Inclusive toda vez eu peço pra olharem.
Estou sempre cobrando. E tem que cobrar, porque tenho filhos. Não é ser vizinha chata. Eu estou fazendo a minha parte e espero que os vizinhos estejam fazendo a parte deles também", afirma.
Boas práticas
O vizinho da Tânia, Luís Carlos Holanda, está satisfeito com os moradores do bairro. Ele conta que havia um lixão grande na área verde comum da quadra, mas que um dos moradores tomou a frente e resolveu o problema.
"Ele pediu ajuda da limpeza urbana local, depois plantou árvores no lugar. Ele tomou essa decisão e ficou bem bacana", lembra agradecido.
Agente de Vigilância Ambiental responsável pela área, em Sobradinho, Roberto Cândido Soares reforça: "quem não cuida de sua propriedade põe em risco a família e quem vive ao redor".
O agente destaca que quando algum morador não está presente na visita da Vigilância, é importante que os vizinhos possam avisar sobre a ida do profissional e pedir que eles façam a limpeza, chequem se não há espaço para a procriação do Aedes aegypti.
Respeito aos vizinhos
Francisca Bastos, aposentada, não gosta de cobrar dos vizinhos a limpeza dos quintais. Para ela, cada um precisa ter consciência de seu dever, pois a situação é preocupante. "É um perigo! A gente tem que se precaver", alerta.
Stephanie da Costa, que também é Agente de Vigilância Ambiental, ressalta que, no caso de espaços em comum, em condomínios, prédios e áreas abertas, por exemplo, a responsabilidade precisa ser dividida e vigiada por todos os moradores.
"A gente orienta para que todos cuidem junto. E que evitem jogar lixo nestes locais. Todo mundo preciso cuidar da rua inteira".
Campanha
A Sexta Sem Mosquito é uma campanha do Ministério da Saúde que mostra a importância de as pessoas se juntarem para, ao menos uma vez por semana, verificarem e destruírem os possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti.
E ainda reforça que o combate ao mosquito começa dentro da própria casa, mas pode gerar uma mudança positiva na vizinhança.
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